Existe um número crescente de pessoas que falam português, na mídia e na internet, que estão apresentando tal situação à CPLP e outras organizações para a realização de um debate na comunidade lusófona, com o objetivo de apresentar uma petição para tornar o português uma das línguas oficiais das Nações Unidas.
Em outubro de 2005, durante a convenção internacional do Elos Clube Internacional da Comunidade Lusíada, realizada em Tavira (Portugal), uma petição cujo texto pode ser encontrado na internet com o título "Petição para tornar o idioma português oficial na ONU" foi redigida e aprovada por unanimidade. Rômulo Alexandre Soares, presidente da Câmara Brasil - Portugal, destaca que o posicionamento do Brasil no cenário internacional como uma das potências emergentes do século XXI, pelo tamanho de sua população, e a presença da sua variante do português em todo o mundo, fornece uma justificação legítima para a petição enviada à ONU, e assim tornar o português uma das línguas oficiais da organização. Esta é actualmente uma das causas do Movimento Internacional Lusófono.
Outros fatores desvirtuam esta campanha. Embora o português seja uma língua cada vez mais importante a nível internacional, 4 em cada 5 falantes da língua portuguesa no mundo vivem em apenas um país, o Brasil. Isso ainda é distante da natureza internacional exigida para ser uma língua oficial da ONU. O alemão e o japonês não são línguas oficiais da ONU, por razões semelhantes, apesar de serem as línguas de poderosas economias mundiais.
O português é eclipsado ainda mais na Europa, continente de origem de quatro das seis línguas oficiais da ONU (Inglês, francês, espanhol e russo). No contexto europeu, o português não está sequer entre as dez línguas mais faladas no continente, com um número de falantes comparável ao do búlgaro e tcheco (pt-BR) / checo (pt-PT). [
Na África, o português é eclipsado como língua franca pelos continentais inglês e francês falados nos países que cercam Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Angola e Moçambique. Finalmente, na Ásia, um continente de várias línguas com centenas de milhões de falantes, a única nação soberana lusófona é Timor-Leste.
Por: Rodolfo Gaeschlin
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